sábado, 14 de fevereiro de 2015

Poeta

Cortam-se os punhos
Onde o sangue flui
Tal qual mar na arrebentação
Que vem do coração.

Corta-se a cabeça
Onde fluem palavras
Ditas ou não ditas
Mas os pensamentos ditos
Por um grande pensador
Jamais morrerá
Jamais se dispersará.

Corta-se o coração
Onde flui o amor
A amizade a família
Mas a poesia durará
Por uma eternidade.

Cortam-se os olhos
Onde flui o sorriso da pessoa amada
Que partiu sem dizer nada
Mas a esperança jamais morrerá.

Corta-se a língua
Onde fluem as palavras os sons
De preto, branco e alemão.

Mas quem disse
Que a poesia é meramente dita
Ela a poesia é sentida
De várias formas, ângulos e cores.

( Nelson Martins )

Nenhum comentário:

Postar um comentário