sábado, 17 de março de 2012

A Luz de velas

Por muitas noites perdi o sono
juntando os pedaços do meu coração
a luz de velas, para minha mãe
não ver o que eu estava sentindo em meu olhar.
Um devaneio. Na esperança de você um dia voltar.
As velas já se apagam sozinhas, seus mantos brancos
já cobrem minhas lagrimas.
São quimeras que me alimentam.
O sono já me consome os dias.
Minha cama já faz parte de mim.
Meu corpo tão pouco ainda sente teu cheiro.
Mas renunciar a vida que vivo.
É renunciar ao teu amor, a mais linda flor.
Que Deus me mostrou.
Quisera eu não ter comprado
mais velas, minhas noites
não seriam uma eterna escuridão.
Assim como meu coração...
Atado por fios de costura.
Tão frágil ao teu amor. 
Tão frágil, tão frágil, tão frágil....
igual a vela, que com seu próprio calor
sucumbe ao seu corpo.

                                                                     Autor: Nelson Martins      

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